E que tal levar certos senhores a uma visita, digamos, de estudo?
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E que tal levar certos senhores a uma visita, digamos, de estudo?


Logo de manhãzinha lá estava eu na Loja do Cidadão para ser atendida, e felizmente não fui para a Segurança Social senão ia em vão. Eu acho que as Lojas do Cidadão são fantásticas, num local resolvo um sem número de coisas, o truque é ir cedo, tirar todas as senhas dos serviços que se precise, controlar bem os números das mesmas e paciência para esperar.
A loja abre às 8h30, antes das 9h já não tinham senhas para a Segurança Social.
Mas a função pública está cheia de gente. então bora lá despedir pessoas. Pois, mas vamos a locais onde precisamos de ser atendidos pelos funcinários públicos e esperamos horas, porquê? Porque não têm funcionários.
Ouvi pérolas do estilo: ai que não querem trabalhar; às tantas estão todos lá dentro; devem ter ido todos de férias. Dito pelo segurança, ouvido por mim, que só a loja da Bela Vista dava senhas até mais tarde.
Pois, mas as pessoas esquecem-se que com poucos funcionários não se fazem milagres. Que quem os atende também é empregado e não patrão. Que todos precisam de férias e o problema é que não existe quem os substitua.
Para mim, deviam ser aqueles senhores que sentados num gabinete, à espera que a secretária lhes traga um cafézinho, deviam ir logo de manhãzinha a uma qualquer loja do cidadão, faltar aquelas horas ao emprego, explicar bem explicadinho ao patrão que não andaram na boa vida, que já não existiam senhas e que têm de lá voltar; ou então, explicar que, mesmo depois de madrugarem só resolveram a coisa ao fim do dia por terem 300 pessoas à frente.
Isso e estaream doentes, levantarem o real rabinho da cama antes do galo cantar, esperarem em pé mais mortos que vivos à frente do C. Saúde da zona para depois não terem consulta. Serem informados que dentro de 1 mês conseguem marcar para daqui a um ano ou então vão ao hospital. Chegarem ao dito hospital, esperarem horas, levarem um sermão do médico que aquilo não é urgência hospitalar e patati patatá, pagarem a bela taxa moderadora (não sou contra as taxas, mas acho que deviam ser aplicadas consoante os rendimentos), irem à farmácia e deixarem lá uma nota preta em 2 ou 3 coisinhas. Chegarem ao trabalho, explicarem ao patrão que até madrugaram mas não tiveram médico, que no hospital demoraram horas e tentarem não afanicar quando virem o desconto no ordenado, e nem ter um ataque de pânico com a cara do patrão.
Isso sim, era ver o país real. Aí podiam opinar sobre as reais necessidades de funcionários, médicos e enfermeiros e verem como é que eles trabalham.
Vamos programar uma visitinha? Ofereço-me como guia pro bono.



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