Endometriose: descubra logo e evite a infertilidade
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Endometriose: descubra logo e evite a infertilidade



Doença afeta mais de 6 milhões de brasileiras e se não tratada pode deixar a mulher estéril
Reprodução
Uma em cada 10 mulheres em idade fértil convive com a Endometriose, doença que se desenvolve no aparelho reprodutor feminino e, de acordo com o Instituto da Endometriose, atinge 15% das brasileiras entre 15 e 45 anos de idade, o que corresponde a mais de 6 milhões de brasileiras.

As mulheres possuem um tecido que reveste internamente o útero, denominado endométrio, que cresce todos os meses para preparar o órgão para a gravidez "Quando a gestação não acontece, há um desprendimento das células desse tecido que são eliminadas na menstruação. Porém, há casos em que parte do material se desloca para regiões do corpo, como ovário, superfícies internas do intestino e da bexiga, caracterizando a endometriose", explica Nelson Valente, ginecologista do Laboratório Lego Medicina Diagnóstica.

A doença pode levar à esterilidade, mas, se detectada precocemente, as chances de cura são maiores.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da endometriose são cólicas fortes, alterações urinárias e intestinais no período menstrual, além de dor durante a relação sexual e, em vários casos, dificuldade para engravidar.

"É muito importante que as mulheres sempre observem o próprio corpo para aprender a identificar se algo está fora do habitual. Por exemplo, ela deve diferenciar uma cólica menstrual aceitável, que não atrapalha a condução de suas tarefas cotidianas, daquela dor intensa que gera desconforto para urinar ou evacuar, e assim, saber quando é a hora de procurar ajuda médica", destaca o especialista.

Diagnóstico

Além do exame ginecológico, o médico pode solicitar exames complementares, que auxiliarão no diagnóstico preciso da endometriose. Normalmente são feitos ultrassonografia com preparo intestinal, ressonância magnética e, de acordo com o caso de cada paciente, até procedimentos cirúrgicos, como é o caso da laparoscopia, que consiste na realização de um pequeno corte no abdome para introduzir um telescópio de fibra óptica que permite ao especialista visualizar se há inchaço ou inflamação nos ovários e trompas.

Tratamento

O diagnóstico vai determinar a conduta médica na hora de indicar o tratamento, que pode ser clínico ou cirúrgico. No caso das pacientes assintomáticas e que não desejam ficar grávidas, normalmente é indicado o uso de hormônios e analgésicos para a dor moderada. Porém, há casos em que só o procedimento cirúrgico pode resolver o problema.

Prevenção

Adotar medidas que reduzam o risco de estresse, observar se os ciclos menstruais estão regulares, fazer uso de pílulas anticoncepcionais e realizar exames ginecológicos regulares são importantes para a prevenir a endometriose.



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