Influências Egípcias na Aromaterapia
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Influências Egípcias na Aromaterapia


Dedico este post a Iony, Gabi Trevisan e Kytanna, as "mulheres egípcias da minha vida".

Uso egípcio, grego, romano e europeu de óleos essenciais
Sharon Falsetto
28 de julho de 2008

O Papiro Ebers é um dos mais antigos trabalhos a registrar mais de cem tipos de prescrições médicas que envolviam plantas, incluindo óleos essenciais. O documento é de 1550 a.C. e foi descoberto em 1873 pelo egiptólogo Ebers, daí seu nome. O Vale do Nilo ficou conhecido como o berço da medicina; um refúgio de plantas, árvores e pequenos arbustos trazidos da Índia, Pérsia e Síria.

Os egípcios embalsamavam seres humanos e animais com sucesso utilizando plantas, óleos essenciais e resinas aromáticas. O rei Tutancâmon tinha olíbano em seu túmulo, e ele era tão potente que, quando foi aberto, 3.000 anos depois, ainda havia um ligeiro odor no local. Como se vê, os egípcios foram inovadores precoces de uma técnica rudimentar que utilizava plantas.

O templo de Edfu apresenta hieróglifos que registram o uso medicinal de plantas, incluindo a famosa fragrância egípcia chamada kyphi. O kyphi ajudava a induzir o sono, a aliviar a ansiedade e a tristeza, e agia como um antídoto contra toxinas em geral. Sacerdotes formulavam todos os tipos de medicamentos e perfumes a partir de material aromático.

Aromaterapia Grega e Romana

Influenciada pelo conhecimento egípcio adquirido com visitas ao Vale do Nilo, foi criada uma escola médica em Cos, hoje famosa pelos ensinamentos de Hipócrates (460-370 a.C.). Outro grego, Megallus, formulou um perfume chamado Megaleion, conhecido por curar feridas e reduzir inflamações. Os gregos classificaram e indexaram o conhecimento dos egípcios e contribuíram significativamente com os futuros estudos de herbologia.

Os romanos aprenderam tanto dos egípcios quanto dos gregos e depois aperfeiçoaram seus conhecimentos. Discórides (século 1 d.C.) tornou-se conhecido por registrar as propriedades de 500 plantas no livro "De Materia Medica". Como os romanos expandiram seu império por toda a Europa, esses conhecimentos também foram sendo difundidos por essa área. Tomilho, alecrim e salsa foram algumas das plantas aromáticas introduzidas na Grã-Bretanha pelos romanos.

Avicena (Ib'n Sina) (980 d.C.), um cientista árabe, introduziu a extração a frio com o intuito de melhorar o processo de destilação de óleos essenciais das plantas. Ele escreveu uma série de livros que foram amplamente utilizados até 1650, o que comprova sua influência significativa.

Uso Europeu de Plantas Aromáticas

Na Idade Média, os cruzados trouxeram para casa os perfumes e águas de flores dos árabes. Com a abertura de rotas comerciais do Oriente ao Ocidente, os europeus acabaram por difundir o uso de plantas aromáticas. Veneza era uma passagem para o comércio com os árabes, e a partir dela se iniciou o amplo uso de perfume por toda a Itália. Catarina de Médici foi responsável por difundir essa prática italiana na França ao se casar com o príncipe Henrique II. O cultivo de plantas como o jasmim, lavanda e rosa foi então estabelecido.

Nos séculos 15 e 16, os exploradores Colombo e Cortés trouxeram novas plantas consigo de volta à Europa depois de suas descobertas nas Américas. O uso de plantas aromáticas caiu no gosto popular quando a Revolução Industrial atingiu a Grã-Bretanha. Além disso, a produção em massa de fibras sintéticas ou óleos vegetais impactou o uso da “antiga" medicina.

A descoberta de René-Maurice Gattefosse, um químico francês, no início do século 20, reverteu velhas crenças e valores. Nasce então a aromaterapia, em parte por causa de suas pesquisas e também em virtude de um incidente em que sua mão foi queimada e "curada" pela lavanda.

Fonte:

Lawless, Julia. The Illustrated Encyclopedia of Essential Oils. London: Element, 1995.

Tradução: Danielle Sales.



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